A culpabilidade como pressuposto do ilícito penal

considerações sobre a dissolução das fronteiras entre o ilícito e a culpabilidade

Autores

  • Wagner Marteleto Filho

DOI:

https://doi.org/10.46274/1809-192XRICP2022v7n2p285-317

Palavras-chave:

ilícito, culpabilidade, dissolução, erro, participação

Resumo

O presente artigo pretende colocar em causa a correção normativa da separação estrita entre o ilícito e a culpabilidade. Analisam-se os argumentos que postulam dita separação, especialmente os apoiados: a) na perspectiva do ofendido e de seu direito de defesa perante um ilícito não-culpável; b) na necessidade de punição do partícipe de um fato típico e ilícito (o que não seria alcançado com um ilícito intrinsecamente culpável) e c) na necessidade de se assegurar um objeto de referência objetivo para o erro de proibição. De seguida, com apoio em premissas nomoteoréticas (= somente pode questionar a norma quem possui competência para fazê-lo; as extensões da norma de comportamento e da norma de garantia são distintas etc) e, sobretudo, com vista na função específica do Direito Penal (considerada, aqui, como a proteção da norma e a reação face à negativa de sua validade), sustenta-se que há boas razões para a dissolução das fronteiras entre o ilícito e a culpabilidade, com consequências particularmente relevantes ao plano do dolo e do erro, que passam a ser examinados conforme ao princípio da responsabilidade.

Referências

AMELUNG, Knut. Rechtsgüterschutz und Schutz der Geselschaft. Frankfurt am Main: Athenäum, 1972.

ARZT, Günther. Zum Verbotsirrtum beim Fahrlässigkeitsdelikt. Zeitschrift für die Gesamte Strafrechtswissenschaft, Berlin, v. 91, n. 4, p. 858-887, 1979. DOI: 10.1515/zstw.1979.91.4.857.

BARBERÁ, Gabriel Pérez. Probleme und Perspectike der expressiven Straftheorien. Goltdammer’s Archiv für Strafrecht, [s.l.], v. 161, n. 9, p. 504-526, 2014.

BELING, Ernst von. Die Lehre vom Verbrechen. Tübingen: J. C. B. Mohr, 1906.

BELING, Ernst von. Grundzüge des Strafrechts. 5. Aufl. Tübingen: J. C. B. Mohr, 1920.

BURCHARD, Christoph. Irren ist menschlich. Tübingen: Mohr Siebeck, 2008.

CEOLIN, Guilherme Francisco. As divergentes concepções da teoria da cegueira deliberada no Brasil: uma análise dos precedentes dos Tribunais Superiores e Tribunais Regionais Federais (2012-2019). Revista de Estudos Criminais, Porto Alegre, v. 20, n. 80, p. 91-138, 2021.

DIAS, Augusto Silva. “Delicta in Se” e “Delicta Mere Prohibita”. Uma análise das desconstinuidades do ilícito penal moderno à luz da reconstrução de uma distinção clássica. Coimbra: Coimbra, 2008.

DIAS, Jorge de Figueiredo. O problema da consciência da ilicitude em direito penal. 2. ed. Coimbra: Coimbra, 1987.

DOHNA, Alexander Graf zu. Die Rechtswidrigkeit als allgemeingültiges Merkmal im Tatbestande strafbarer Handlungen. Halle: Buchhandlung des Waisenhauses, 1905.

ENGISCH, Karl. Untersuchungen über Vorsatz und Fahrlässigkeit im Strafrecht. 2. Neud. Berlin: Scientia Verlag Aalen, 1995.

FRANK, Reinhard. Über den Aufbau des Schuldbegriffs. In: FRANK, Reinhard (Hrsg.). Festschrift für die juristische Fakultät in Gießen zum Universitäts-Jubiläum. Gießen: Topelmann Verlag, 1907. p. 519-547. (= Sobre la estructura del concepto de culpabilidad. Tradução: Gustavo E. Aboso e Tea Löw. Montevideo: B de F, 2011.)

FRISCH, Wolfgang. Vorsatz und Risiko. Grundfragen des tatbestandmässigen Verhaltens und des Vorsatzes. Zugleich ein Beitrag zur Behandlung aussertatbestandlicher Möglichkeitsvorstellungen. Berlin: Carl Heymanns, 1983.

FRISTER, Helmut. Strafrecht. Allgemeiner Teil. 7. Auflage. München: C.H. Beck, 2015. (Há tradução para o espanhol de uma edição mais recente: FRISTER, Helmut. Derecho penal: parte general. 9. ed. Tradução: María de las Mercedes Galli e Marcelo A. Sancinetti. Buenos Aires: Hammurabi, 2022.)

GAEDE, Karsten. Auf dem Weg zum potentiellen Vorsatz? Problematik und Berechtigung der zunehmenden Tendenzen zur normativen Relativierung des Vorsatzerfordernisses. Zeitschrift für die Gesamte Strafrechtswissenschaft, Berlin, v. 121, p. 239-279, 2009. DOI: 10.1515/ZSTW.2009.239.

GOLDSCHMIDT, James. Normativer Schuldbegriff. In: HEGLER, August (Hrsg.). Festgabe für Reinhard Frank zum 70. Geburstag 16. August 1930. Tübingen: Mohr, v. 1, 1930. p. 428-468.

GOMES, Luís Flávio; MOLINA, Antonio García-Pablos de. Direito penal: parte geral. São Paulo: Revista dos Tribunais, v. 2, 2007.

GRECO, Luís. Wider die jüngere Relativierung der Unterscheidung von Unrecht und Schuld. Goltdammer’s Archiv für Strafrecht, [s.l.], v. 156, n. 11, p. 636-650, 2009. (= Contra a recente relativização entre injusto e culpabilidade. Tradução: Augusto Assis. In: SILVEIRA, Renato de Mello Jorge; RASSI, João Daniel (Org.). Estudos em homenagem a Vicente Greco Filho. São Paulo: LiberArs, 2014. p. 351-365.)

HEGLER, Alexander. Die Merkmale des Verbrechens. Zeitschrift für die Gesamte Strafrechtswissenschaft, Berlin, v. 36, p. 19-44, 1915. DOI: 10.1515/zstw.1915.36.1.19.

HEINRICH, Bernd. Strafrecht. Allgemeiner Teil. 6. Aufl. Stuttgart: Kohlhammer, 2019.

HEUCHEMER, Michael. Der Erlaubnistatbestandsirrtum. Berlin: Duncker & Humblot, 2005.

HÖRNLE, Tatjana. Gegenwärtige Strafbegrundunstheorien, Der herkömmliche deutsche Diskussion. In: VON HIRSCH, Andreas; NEUMANN, Ulfrid; SEELMANN, Kurt (Hrsg.). Strafe – Warum? Gegenwärtige Strafbegründungen im Lichte von Hegels Straftheorie. Baden-Baden: Nomos Verlag, 2011. p. 11-30.

HORTA, Frederico. Elementos normativos das leis penais e conteúdo intelectual do dolo. Da natureza do erro sobre o dever extrapenal em branco. São Paulo: Marcial Pons, 2016.

HRUSCHKA, Joachim. Strafrecht nach logisch-analytischer Methode. Berlin: Walter de Gruyter, 1983.

HRUSCHKA, Joachim. Verhaltensregeln und Zurechnungsregeln. Rechtstheorie, [s.l.], v. 22, n. 4, p. 449-460, 1991. (= Reglas de comportamiento y reglas de imputación. Tradução: Francisco Baldó Lavilla. In: HRUSCHKA, Joachim. Imputación y derecho penal. Estudios sobre la teoría de la imputación. Buenos Aires: B de F, 2009. p. 11-29.)

HSU, Yu-An. Doppelindividualisierung und Irrtum. Studien zur strafrechtlichen Lehre von der Erfolgszurechnung zum Vorsatz. Berlin: Duncker & Humblot, 2007.

JAKOBS, Günther. Altes und Neues zum strafrechtlichen Vorsatzbegriff. In: PAWLIK, Michael (Hrsg.). Strafrechtswissenschaftliche Beiträge. Zu den Grundlagen des Strafrechts und zur Zurechnungslehre. Tübingen: Mohr Siebeck, 2017. p. 606-640.

JAKOBS, Günther. Das Strafrecht zwischen Funktionalismus und “alteuropäischem” Prinzipiendenken. Zeitschrift für die Gesamte Strafrechtswissenschaft, Berlin, v. 107, n. 4, p. 843-876, 1995. DOI: 10.1515/zstw.1995.107.4.843.

JAKOBS, Günther. Der strafrechtliche Handlungsbegriff. München: C.H. Beck, 1992. (= El concepto jurídico-penal de acción. Tradução: Manuel Cancio Meliá. Bogotá: Universidad Externado de Colombia, 1997.)

JAKOBS, Günther. Dolus Malus. In: ROGALL, Klaus (Hrsg.). Festschrift für Hans-Joachim Rudolphi zum 70. Geburtstag. München: Luchterhand, 2004. p. 107-122. (= Dolus malus. Tradução: Yamila Fakhouri Gómez. InDret Penal, Barcelona, n. 4, p. 1-23, 2009. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3061544&orden=0&info=link. Acesso em: 5 ago. 2022.)

JAKOBS, Günther. Kritik des Vorsatzbegriffs. Tübingen: Mohr Siebeck, 2020.

JAKOBS, Günther. System der Strafrechtliche Zurechnung. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 2012.

JAKOBS, Günther. Welzels Bedeutung für die heutige Strafrechtswissenschaft. In: FRISCH, Wolfgang; JAKOBS, Günther; KUBICIEL, Michael; PAWLIK, Michael; STUCKENBERG, Carl-Friedrich (Hrsg.). Lebendiges und Totes in der Verbrechenslehre Hans Welzels. Tübingen: Mohr Siebeck, 2015. p. 257-276.

JESCHECK, Hans-Heinrich; WEIGEND, Thomas. Lehrbuch des Strafrechts. Allgemeiner Teil. 5. Auflage. Berlin: Duncker &Humblot, 1996. (= Tratado de derecho penal: parte general. 5. ed. Tradução: Miguel Olmedo Cardenete. Granada: Comares, 2003.)

JHERING, Rudolf von. Schuldmoment im Römischen Privatrecht. Giessen: Emil Roth, 1867.

KERSTING, Wolfgang. Macht und Moral. Studien zur praktischen Philosophie der Neuzeit. Paderborn: Mentis, 2010.

KOHLRAUSCH, Eduard. Irrtum und Schuld im Strafrecht. [s.l.]: Forgotten Books, v. 1, 2018.

KINDHÄUSER, Urs. Gefährdung als Straftat: rechtstheoretische Untersuchungen zur Dogmatik der abstrakten und konkreten Gefährdungsdelikte. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1989.

KINDHÄUSER, Urs. O ilícito pressupõe culpabilidade? In: KINDHÄUSER, Urs. Dogmática penal no Estado Democrático de Direito. São Paulo: Marcial Pons, 2020. p. 87-110.

KORIATH, Heinz. Grundlagen strafrechtlicher Zurechnung. Berlin: Duncker & Humblot, 1994.

KÜHL, Kristian. Strafrecht. Allgemeiner Teil. 7. Auflage. München: Vahlen, 2012.

KUHLEN, Lothar. Buchbesprechung. Walter, Tonio. Der Kern des Strafrechts, Die allgemeine Lehre vom Verbrechen und die Lehre vom Irrtum. Tübingen: Mohr Siebeck, 2006. Zeitschrift für die Gesamte Strafrechtswissenschaft, Berlin, v. 120, n. 1, p. 140-150, 2008. DOI: 10.1515/ZSTW.2008.140.

LAMPE, Ernst-Joachim. Das personale Unrecht. Berlin: Duncker & Humblot, 1967.

LEITE, Alaor. Dúvida e erro sobre a proibição no direito penal. A atuação nos limites entre o proibido e o permitido. São Paulo: Atlas, 2013.

LESCH, Heiko Hartmut. Der Verbrechensbegriff. Grundlinien einer funktionalen Revision. München: Carl Heymanns, 1999. (= El concepto de delito. Las ideas fundamentales de una revisión fundamental. Tradução: Juan Carlos Gemignani. Madrid: Marcial Pons, 2016.)

LESCH, Heiko Hartmut. Die Begründung mittäterschaftlicher Haftung als Moment der objektiven Zurechnung. Zeitschrift für die Gesamte Strafrechtswissenschaft, Berlin, v. 105, n. 2, p. 271-294, 1993. DOI: 10.1515/zstw.1993.105.2.271.

LISZT, Franz von. Lehrbuch des deutschen Strafrechts. Berlin: Guttentag, 1888. (= Tratado de direito penal allemão. Tradução: José Hygino Duarte Pereira. Brasília: Senado Federal, 2006 (1899). Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/496219. Acesso em: 26 out. 2022.)

LÖFFLER, Alexander. Unrecht und Notwehr. Prolegomena zu einer Revision der Lehre von der Notwehr. Zeitschrift für die Gesamte Strafrechtswissenschaft, Berlin, v. 21, p. 536-582, 1901. DOI: 10.1515/zstw.1901.21.1.537.

LUCCHESI, Guilherme Brenner. Punindo a culpa como dolo. O uso da cegueira deliberada no Brasil. São Paulo: Marcial Pons, 2018.

MAÑALICH, Juan-Pablo. Retribucionismo expressivo: acerca de la función comunicativa de la pena. In: KINDHÄUSER, Urs; MAÑALICH, Juan Pablo. Pena y culpabilidad en el estado democrático de derecho. Buenos Aires: B de F, 2011. p. 29-65.

MARTELETO FILHO, Wagner. Dolo e risco no direito penal. Fundamentos e limites para a normativização. São Paulo: Marcial Pons, 2020.

MARTELETO FILHO, Wagner. O problema do erro de tipo permissivo: entre o princípio epistêmico e o princípio da responsabilidade. Revista Portuguesa de Ciência Criminal, Coimbra, v. 29, n. 3, p. 459-486, 2019.

MARTELETO FILHO, Wagner. Nenhum adeus a Kant e Hegel. Sobre as teorias expressivas e o renascimento das teorias retributivas. In: ALVES, Catarina Abegão; MORÃO, Helena; LEITE, Inês Ferreira; CAIRES, João Gouveia de; COSTA, José Neves da; PALMA, Maria Fernanda; MENDES, Paulo de Sousa; PEREIRA, Rui Soares; BRITO, Teresa Quintela de; RAMOS, Vânia Costa (org.). Prof. Doutor Augusto Silva Dias in memoriam. Lisboa: IDPCC, v. I, 2022. p. 205-224.

MENDES, Paulo de Sousa. O torto intrinsecamente culposo como condição necessária da imputação da pena. Coimbra: Coimbra, 2007.

MERKEL, Adolf. Kriminalistische Abhandlungen. Zur Lehre von den Grundeintheilungen des Unrechts und seiner Rechtsfolgen. Leipzig: Breitkopf und Härtel, v. 1, 1867.

MEZGER, Edmund. Die subjektiven Unrecthselemente. Der Gerichtssaal, [s.l.], v. 89, p. 207-245, 1924.

MEZGER, Edmund. Strafrecht. Ein Lehrbuch. 3. Auflage. Berlin: Dunker & Humblot, 1949.

MINORELLI, Lucas; CEOLIN, Guilherme. Por que usar um exemplo clássico? Breves reflexões sobre o ensino jurídico-penal a partir da tábua de Carnéades. Revista de Estudos Criminais, Porto Alegre, v. 18, n. 72, p. 147-170, 2019.

MOURA, Bruno de Oliveira. A conduta prévia e a culpa na comparticipação. Lisboa: Âncora, 2022.

MOURA, Bruno de Oliveira. Ilicitude penal e justificação: reflexões a partir do ontologismo de Faria Costa. Coimbra: Coimbra, 2015.

OTTO, Harro. Personales Unrecht, Schuld und Strafe. Zeitschrift für die Gesamte Strafrechtswissenschaft, Berlin, v. 87, n. 3, p. 539-597, 1975. DOI: 10.1515/zstw.1975.87.3.539.

PALMA, Maria Fernanda. Direito penal: parte geral. A teoria geral da infracção como teoria da decisão penal. 4. ed. Lisboa: AAFDL, 2019.

PALMA, Maria Fernanda. O dolo e o erro: novas leituras do elemento intelectual do dolo. In: ALBUQUERQUE, Paulo Pinto de (coord.). Homenagem de Viseu a Jorge de Figueiredo Dias. Coimbra: Coimbra, 2011. p. 75-88.

PAWLIK, Michael. Das Unrecht des Bürgers. Grundlinien der Allgemeinen Verbrechenslehre. Tübingen: Mohr Siebeck, 2012.

PAWLIK, Michael. “Der wichstigste dogmatische Fortschritt der letzten Menschenalter?” Anmerkung zur Unterscheidung zwischen Unrecht und Schuld im Strafrecht. In: DANNECKER, Gerhard (Hrsg.). Festschrift für Harro Otto zum 70. Geburstag am 1. April 2007. Köln: Carl Heymanns, 2007. p. 133-153. (= O passo mais importante da dogmática da última geração? Reflexões para a diferenciação entre injusto e culpabilidade em direito penal. Tradução: Eduardo Saad-Diniz. In: PAWLIK, Michael. Teoria da ciência do direito penal, filosofia e terrorismo. São Paulo: LiberArs, 2012. p. 87-108.)

PAWLIK, Michael. Person, Subjekt, Bürger. Zur Legitimation von Strafe. Berlin: Duncker & Humblot, 2004.

PINTO, Frederico de Lacerda da Costa. A categoria da punibilidade na teoria do crime. Coimbra: Almedina, 2013.

PRADO, Luis Regis. Curso de direito penal brasileiro: parte geral. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, v. 1, 2006.

PUPPE, Ingeborg. Strafrecht als Kommunikation. Leistung und Gefahren eines neuen Paradigmas in Strafrechtsdogmatik. In: PUPPE, Ingeborg. Strafrechtsdogmatische Analysen. Bonn: Bonn University Press, 2006. p. 409 ss.

RADBRUCH, Gustav. Die Handlungsbegriff in seiner Bedeutung fur das Strafrechtssystem. Berlin: J. Guttentag, 1903.

RENZIKOWSKI, Joachim. Teoria das normas e dogmática jurídico-penal. In: RENZIKOWSKI, Joachim. Direito penal e teoria das normas. Estudos críticos sobre as teorias do bem jurídico, da imputação objetiva e do domínio do fato. São Paulo: Marcial Pons, 2017. p. 21-55.

RINCK, Klaus. Der zweistufige Deliktsaufbau. Berlin: Duncker & Humblot, 2000.

ROXIN, Claus; GRECO, Luís. Strafrecht. Allgemeiner Teil. Grundlagen – Der Aufbau der Verbrechenslehre. 5. Auflage. München: C.H. Beck, v. I, 2020.

SANTOS, José Beleza dos. Lições de direito criminal. Coimbra: Almedina, 1949.

SOUZA, Luciano Anderson de. Direito penal: parte geral. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, v. 1, 2020.

SINN, Arndt. Straffreistellung aufgrund von Drittverhalten. Zurechnung und Freistellung durch Macht. Tübingen: Mohr Sibeck, 2007.

STOCO, Tatiana. Culpabilidade e medida da pena. Uma contribuição à teoria da aplicação da pena proporcional ao fato. São Paulo: Marcial Pons, 2018.

STRATENWERTH, Gunter; KÜHLEN, Lothar. Strafrecht. Allgemeiner Teil. Die Straftat. 6. Auflage. München: Vahlen, 2010.

STUCKENBERG, Carl-Friedrich. Vorstudien zu Vorsatz und Irrtum im Völkerstrafrecht. Versuch einer Elementarlehre für eine übernationale Vorsatzdogmatik. Berlin: De Gruyter, 2007.

VELTEN, Petra. Normkenntnis und Normverständnis. Baden-Baden: Nomos, 2001.

VIANA, Eduardo. Dolo como compromisso cognitivo. São Paulo: Marcial Pons, 2019.

VON HIRSCH, Andreas. Warum soll de Strafsanktion existieren? Tadel und Prävention als Element einer Rechtifertigung. In: VON HIRSCH, Andreas; NEUMANN, Ulfrid; SEELMANN, Kurt (Hrsg.). Strafe – Warum? Gegenwärtige Strafbegründungen im Lichte von Hegels Straftheorie. Baden-Baden: Nomos Verlag, 2011. p. 43-68.

WALTER, Tonio. Der Kern des Strafrechts. Die allgemeine Lehre vom Verbrechen und die Lehre vom Irrtum. Tübingen: Mohr Siebeck, 2006.

WELZEL, Hans. Das deutsche Strafrecht. Eine systematische Darstellung. 11. Auflage. Berlin: Walter de Gruyter Verlag, 1969. (Há tradução parcial para o espanhol, levada a cabo por Juán Bustos Ramírez e Sergio Yáñes Pérez. Derecho penal alemán. Parte general. 11. ed. Santiago: Editorial Jurídica de Chile, 1997.)

WELZEL, Hans. Das neue Bild des Strafrechtssystems: eine Einführung in die finale Handlungslehre. 4. Auflage. Göttingen: Schwartz, 1961. (= El nuevo sistema del derecho penal: una introducción a la doctrina de la acción finalista. Tradução: José Cerezo Mir. Buenos Aires: B de F, 2004.)

WELZEL, Hans. Die deutsche strafrechtliche Dogmatike der letzten 100 Jahren und die finale Handlungslehre. Juristische Schulung, [s.l.], p. 421-425, 1966.

WELZEL, Hans. Naturalismus und Werthphilosophie. In: WELZEL, Hans. Abhandlungen zum Strafrecht und zur Rechtsphilosophie. Berlin: De Gruyter, 1975.

WELZEL, Hans. Studien zum System des Strafrechts. Zeitschrift für die Gesamte Strafrechtswissenschaft, Berlin, v. 58, p. 491-566, 1939. DOI: 10.1515/zstw.1939.58.1.491. (= Estudios sobre el sistema de Derecho Penal. In: WELZEL, Hans. Estudios de derecho penal. Tradução: Gustavo Eduardo Aboso e Tea Löw. Buenos Aires: B. de F., 2007. p. 15-120.)

ZIELINSKI, Diethart. Handlungs-und Erfolgsunwert im Unrechtsbegriff. Untersuchungen zur Struktur von Unrechtsbegründung und Unrechtsauschluss. Berlin: Duncker & Humblot, 1973. (= Disvalor de acción y disvalor de resultado en el concepto de ilícito: análisis de la estructura de la fundamentación y exclusión del ilícito. Tradução: Marcelo A. Sancinetti. Buenos Aires: Hammurabi, 1990.)

Downloads

Publicado

21-11-2022

Como Citar

MARTELETO FILHO, W. A culpabilidade como pressuposto do ilícito penal: considerações sobre a dissolução das fronteiras entre o ilícito e a culpabilidade. Revista do Instituto de Ciências Penais, Belo Horizonte, v. 7, n. 2, p. 285–317, 2022. DOI: 10.46274/1809-192XRICP2022v7n2p285-317. Disponível em: https://www.ricp.org.br/index.php/revista/article/view/129. Acesso em: 13 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos